sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O PRECONCEITO É INFERIOR À TOLERÂNCIA

O negro não é inferior ao branco;

O ateu não é inferior ao crente;

O pobre não é inferior ao rico;

A mulher não é inferior ao homem;

O evangélico não é inferior ao cristão;

O homossexual não é inferior ao heterossexual;

O conservador não é inferior ao liberal;

O velho não é inferior ao jovem;

O trabalhador braçal não é inferior ao empresário;

O nordestino não é inferior ao paulista;

O umbandista não é inferior ao espírita;

O comunista não é inferior ao capitalista;

O latino americano não é inferior ao europeu;

O funkeiro não é inferior ao rockeiro;

O gordo não é inferior ao magro;

O leitor não é inferior ao escritor.

Nada nesse mundo torna as pessoas melhores ou piores do que as outras, somos todos iguais, sangramos igual, sofremos igual, rimos igual, comemos igual, envelhecemos igual, morremos igual e viramos pó igual, todo o resto é puro preconceito!

AGORA, se discordas do que acabas de ler, então talvez algo me torne superior a ti.


Por Eduardo Berbacha Soares - Secretário de Formação Política JSB/RS

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Eu me organizando posso desorganizar

No dia 2 de fevereiro de 1997, enquanto dirigia de Olinda para Recife, Francisco de Assis França, conhecido pelo apelido de Chico Science, perdeu o controle de seu Fiat Uno chocou-se contra um poste e faleceu, em um piscar de olhos o mundo perdeu um grande artista da música brasileira.

Em 1991, Science formou o Nação Zumbi, a partir daí, o grupo começou a se apresentar no Recife e em Olinda e junto com Fred Zero Quatro, da banda Mundo Livre S/A lançaram o manifesto "Caranguejos com Cérebro". O texto foi o pontapé inicial do "Movimento mangue beat”, que foi um grito de renovação. Com uma composição poética, afiada, contestadora e marcada pela batida agressiva e particular dos tambores de maracatu, jovens recifenses decidiram misturar a música pop internacional de ponta (o rap, as várias vertentes eletrônicas e o rock neopsicodélico inglês) aos gêneros tradicionais da música pernambucana (maracatu, coco, ciranda, caboclinho...), levando o funk e o rap a dialogar com a batida primal dos tambores, sendo o estopim para uma reviravolta na música brasileira colocando Pernambuco no mapa cultural do Brasil.

Podemos dizer que as letras de Science são um Instrumento de Luta, quero destacar entre elas “Da Lama Ao Caos”, que inspira a juventude a estar organizada na luta cotidiana, "Eu me organizando posso desorganizar" é assim ,se organizando com nossas MUITAS LUTAS que queremos construir e/ou despertar uma nova consciência onde todos são responsáveis pela luta diária de cada um, onde eu não estou sozinho, mas faço parte dessa massa que luta por igualdade, por educação, cultura, lazer etc.. Desorganizando aquelas práticas velhas vamos organizar nossas vitórias, nossas conquistas, nossos sonhos e as nossas Muitas Lutas que a cada dia fica mais viva, assim, desorganizando o Velho jeito de manipular as mídias, organizando a verdadeira democratização dos meios de comunicação, desorganizando a exploração dos trabalhadores e trabalhadoras, organizando uma vida digna para a classe operária, desorganizando o preconceito racial, social, religioso, homoafetivo, organizando respeito pelas diferenças, desorganizando o monopólio do transporte publico, organizando um transporte público de qualidade, desorganizando as manobras para tornar educação uma mercadoria, organizando o acesso do filho pedreiro à universidade, vamos à luta!!!! Nós organizados podemos desorganizar!!

Por Marquinhos Ribeiro - Presidente JSB/RS

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

FUTEBOL: rivalidade x insanidade!!


Estarrecido li sobre os mais recentes acontecimentos no Egito! Não, apesar de ser um amante das questões que envolvam política e aqui estar escrevendo em um blog de movimento de juventude político/partidária, não estou escrevendo sobre os desdobramentos do movimento denominado “primavera árabe” tampouco sobre os mais recentes protestos por redemocratização do país. Escrevo sim, sobre a triste mancha negra que se desenhou nesse país, famoso por suas pirâmides, que agora viu uma cena de barbárie estampada nas primeiras páginas de jornais mundo afora, pois em um jogo de futebol no país mais de 70 pessoas foram brutalmente assassinadas em uma briga generalizada motivada por desmedida rivalidade entre clubes de futebol egípcios.

Me pus a pensar se algo tão bárbaro e doentio poderia se refletir em nossa gaúcha realidade. Será que as tradicionais rivalidades do nosso futebol dos Pampas poderiam descambar em um quadro triste de violência como o visto no Oriente Médio? Os clássicos BA-GUÁ, CA-JU, BRA-PEL ou mesmo um GRE-NAL poderiam ficar marcados por um espetáculo macabro de sangue? Será que as brincadeiras sobre as qualidades dos times, os “mazembes”, as “segundas”, e todas as brincadeiras de uma rivalidade bonita e sadia, com mulheres e crianças nos estádios seriam substituídam por uma batalha campal, em que pessoas se matam simplesmente por vestir uma camiseta diferente?

Sinceramente, espero que as respostas para essas questões sejam sonoros NÃO! No entanto, apesar de acreditar que o futebol deva ser um espetáculo de diversão, que congregue amigos e famílias, que mantenha a rivalidade, sadia é claro, já que é ela que define a grandeza dos clubes, não posso deixar de temer que essa rivalidade por vezes extrapole seus limites. Por motivos de segurança foi-se o tempo em que podíamos ver um GRE-NAL com arquibancadas divididas irmanamente em azul e vermelho (salvo as exceções de clássicos fora da capital), e não raro vemos episódios de brigas pontuais, inclusive marcadas nas redes sociais, entre integrantes bossais de torcidas ditas organizadas, que em realidade são bandos criminosos. No entanto, quero acreditar que esses criminosos (de torcedores não podem ser chamados) sejam a ínfima minoria e não reflitam o comportamento dos milhares de torcedores/cidadãos que lotam nossos estádios a cada final de semana.

Feito o breve desabafo, espero que ele sirva de inspiração à todos os torcedores (fanáticos ou não) desse nosso “torrão sulino”, é bom torcer sim, ter um clube como foco de paixão não é problema algum, tirar sarro do amigo ou parente torcedor do outro time é das coisas mais divertidas do mundo, MAS TUDO TEM LIMITE! Façamos de nossos estádios palco de espetáculos esportivos, não uma arena de luta e barbárie.


Por Eduardo Berbacha Soares - Secretário de Formação Política JSB/RS